terça-feira, 13 de março de 2012

TV Alterosa comemora hoje 50 anos:

 
A TV Alterosa nasceu em 13 de março de 1962, sob o signo de Peixes. Naquele dia, o horóscopo predizia uma vida de devoção, com grande capacidade de servir aos outros. A devoção da emissora foi, é e sempre será com o entretenimento de qualidade e o jornalismo sério e responsável. Testemunha disso é a sua própria história e os personagens que ajudaram a construí-la. Os outros são os telespectadores, especialmente os mineiros, preocupação constante na montagem da grade de programação. Os astros, mais vez, acertaram em suas predições: a Alterosa vem cumprindo sua sina e chega ao seu cinquentenário de fundação, presente em 834 municípios do estado.

Os Beatles gravavam o primeiro disco, ''Please, please'' me, em 1962, iniciando um novo tempo para os jovens de então, enquanto em Belo Horizonte inaugurava-se a Alterosa, para fazer história em Minas Gerais e pôr o estado no mapa televisivo brasileiro. Apenas 10 emissoras operavam no Brasil quando a TV mineira entrou no ar com exibição de filmes, noticiosos e esportes. Chegou a tempo de comemorar com os mineiros a conquista, no Chile, do bicampeonato mundial de futebol, graças aos dribles geniais de Garrincha. A sede era no Edifício Acaiaca, Centro da capital, onde estava também instalada a TV Itacolomi.

Pioneirismo

No fim dos anos 1970, uma decisão arbitrária do governo militar fechou a Rede Tupi de Televisão, dos Diários Associados, à qual pertencia a TV Itacolomi. Coube à Alterosa, não vinculada à rede, substituir a Itacolomi nas salas dos mineiros. Pode-se dizer que a emissora é uma das mais antigas em operação contínua no país. E cumpriu sua missão.
Em sua trajetória não faltam pioneirismo, ousadia e marcas, como as 42 mil pessoas, a maioria crianças, que a apresentadora Dulce Maria levou ao Mineirinho em uma das edições externas do Clubinho, nos anos 1980, quando a Alterosa já estava instalada no Palácio do Rádio, na Avenida Assis Chateubriand. O Clubinho continua presente na memória de muitas gerações de mineiros e sua personagem principal não deixa e não deixará a apresentadora Dulce Maria: “No Clubinho fui e continuo sendo a Tia Dulce”.

Craques

Kafunga, Fernando Sasso, Dirceu Pereira, Vânia Turce e tantos outros são personagens dessa trilha de pioneirismo, ousadia e marcas que levaram a Alterosa a se tornar, por merecimento, a TV que o mineiro vê. Kafunga comandava as análises de futebol no horário de almoço e o bordão “no Brasil, errado é que é o certo” incorporou-se ao vocabulário mineiro. Dirceu comandou o Povo na TV, entre meados dos anos 1980 a meados de 1990. “Ganhamos todos os horários, tanto que o programa, que começou com duração de duas horas, chegou a ser transmitido das 12h às 18h. Vânia lembra do Aqui agora, um programa interativo com a comunidade. “Eu era repórter e nós referência. Tanto que o rebelado nos queria lá e os reféns também”. Isso porque a presença da emissora era, como continua sendo, garantia de responsabilidade e isenção.
Do som hi-fi dos anos 1960 à tela em alta definição dos dias de hoje, a Alterosa sempre procurou ficar à frente e foi a primeira a oferecer, nos seus jornalísticos, imagens geradas pelo equipamento conhecido como mochilink, que permite ao telespectador acompanhar de casa, ao vivo, abordagens policiais em locais de tumulto, ações em veículos em movimento, como se ele estivesse presente no local. Exemplos da preocupação da emissora em investir em profissionais e em equipamentos de última geração para continuar sendo uma TV à frente de seu tempo.

(Jornal Estado de Minas)

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